NOTÍCIAS

Da mesma forma que Maria, somos chamados à alegria.

Da mesma forma que Maria, somos chamados à alegria.

Maria é chamada a participar do projeto salvífico de Deus como mãe, gerando e dando à luz o Salvador, o Messias e Rei Jesus Cristo, considerada mãe de todas as nações, assunta ao céu (corpo e alma), Mãe de Deus e nossa.

No momento em que fora chamada, Maria pergunta ao Anjo como tudo iria acontecer (cf. Lc 1, 34), e a resposta é simples e, ao mesmo tempo, inusitada: para Deus tudo é possível. Assim, o anjo responde não só aos questionamentos da Mãe do Salvador, mas também a muitas de nossas dúvidas.

Maria é para nós um modelo vocacional a ser seguido. Essa sequela Christi, ou seja, seguimento de Cristo é feito e vivido a partir de quatro dimensões vocacionais essenciais para a Igreja: leiga, familiar, religiosa/consagrada e sacerdotal, que necessitam da vivência do Evangelho. Além da vivência, é necessário a imitação da disponibilidade mariana, pois é ela, serva fiel, que faz de tudo para realizar a vontade de Deus.

Podemos dizer que, “a vocação de Maria é um chamamento a compartilhar o destino ainda indecifrável do seu Filho” (PAREDES, 1984, p. 127). Serva, discípula e missionária do Pai, fonte de alegria, pureza, humildade e servidão, é um exemplo a se seguir, conduz-nos a seu Filho Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida.

Compreendendo ou buscando discernir nossa vocação, alegramo-nos por estar cada vez mais próximos de Deus. O que dá movimento a tudo isso, talvez seja a sede de estar disponível à vontade do Pai, sempre com os ouvidos prontos a escutar o chamado.

Escutar a Palavra de Deus e segui-la de maneira singela e obediente é o grande desafio que a Escola de Maria nos propõe. “Maria, sabe que Deus está realizando nela ‘grande obras’” (PAREDES, 1984, p. 119). No seu silêncio cotidiano em Nazaré, ela percebe o suave contato com Deus, que lhe está preparando silenciosamente a maior revolução da história. Quando nós sentimos o chamado, logo buscamos certezas e seguranças. Para Maria, bastou a Palavra de Deus, a promessa, que ela esperou mais ou menos trinta anos para descobrir o sentido de tudo, e mesmo assim, só conseguiu compreender depois que Jesus morreu na cruz, e o Cristo ressuscitou glorioso no terceiro dia. Em Pentecostes temos a grande confirmação: o Espírito Santo de Deus ilumina a missão da Igreja, que deve ir e anunciar a alegria do Evangelho de Jesus Cristo, que é amor, misericórdia e doação.

Só poderemos viver a nossa vocação como bem-aventurança, quando descobrirmos a fecundidade de nossa fé e de nossa compaixão, então conseguiremos chamar Maria de Mãe, por nos ensinar “a cultivar a interioridade, a meditar. Guardar as coisas no coração, buscar sentido nos acontecimentos e preparar-nos para o que vai acontecer” (MURAD, 2012, p.59).

A alegria da Mãe de Jesus é a mesma alegria nossa, quando nos sentimos parte do projeto salvífico de Deus, por estar devidamente em nosso lugar e poder, de maneira simples, contribuir para a difusão do Evangelho da vida e da alegria e, assim, chegar à plenitude sonhada por Deus a cada um de nós.

Escrito por: Seminarista Matheus Kurta (Seminarista da Diocese de Guarapuava-PR).

REFERÊNCIAS:

MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e toda humana. Compêndio de Mariologia. São Paulo: Paulinas/Santuário, 2012.

PAREDES, José Cristo Rey García. Maria a mulher do Reino de Deus. Tradução de Attílio Cancian. 2ª ed. São Paulo: Editora Ave Maria, 1984.